Diz-se que a rainha da Inglaterra certa vez resolveu visitar um presídio inglês e ouvir os condenados que lá estavam. Em seus relatos, cada preso se explicava e dizia que estava preso injustamente. Já quase no final de sua estada naquela cadeia pública um dos presos surpreendeu a monarca admitindo que realmente estava ali porque merecia. Diante da inusitada sinceridade daquele condenado a rainha declarou: "Tirem esse homem daqui, soltem-no! Ele é único errado que existe neste presídio, e pode contaminar os outros. Podem libertá-lo!" E assim o rapaz foi solto porque assumiu seus erros.
Dizem que errar é humano, mas ainda mais humano é tentar esconder os próprios erros. Se tem coisa comum quando cometemos uma falha é tentar colocar a culpa em outra pessoa. Foi assim desde o Éden. Adão culpa Eva, que por sua vez jogou a responsabilidade na serpente... Admitir as próprias fraquezas, os próprios erros, não é algo tão fácil, mas necessário para quem deseja avançar na vida. Para quem pretende tornar-se mais experiente.
Uma das declarações mais sinceras e profundas do Apóstolo Paulo foi: "Quando quero fazer o bem, não faço; e quando procuro não errar, mesmo assim eu erro". Quem quer ter um crescimento sólido na vida tem que admitir suas limitações e fragilidades. Alguém que não mascara seus problemas é quem tem tudo para se tornar mais maduro. Não adianta tentar tampar o sol com a peneira.
Todos nós somos pecadores. Ninguém é imune ao erro nesta vida. E feliz quem reconhece que não é um super-herói. Percebe que é uma pessoa igual às outras e que também comete erros. Não funciona se fazer de bonzinho.
Quando admitimos quem somos, com medos, fragilidades, limitações e virtudes tudo fica mais fácil. Nossos defeitos e imperfeições não são empecilhos a uma vida madura, desde que desçamos do pedestal de falsa pureza e admitamos que todos são pecadores. Precisamos sim, a cada dia buscarmos ser santos e puros, mas isso não conseguiremos escondendo nossos erros.
Paulo foi uma benção nas mãos de Deus porque sabia exatamente quem era. Não podemos nos considerarmos nem mais e nem menos do que somos. Precisamos estar exatamente no nível e na condição que Deus me colocou. Sem auto piedade e sem soberba.
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